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Polêmica no 31º Reponte: critério nas notas

Adão Quevedo Sou daqueles que preferem acreditar na idoneidade e na capacidade técnica dos homens e mulheres designados para atuarem como...

Adão Quevedo

Sou daqueles que preferem acreditar na idoneidade e na capacidade técnica dos homens e mulheres designados para atuarem como avaliadores nos festivais de música e de poesia. Mas não posso ser ingênuo ao ponto de não acreditar que, eventualmente, possa haver favorecimentos desta ou daquela obra, em detrimento de outras tecnicamente mais completas. Considero este tipo de atitude condenável e extremamente danosa para os ambientes poético, musical e cultural do nosso estado.  Não estou afirmando que isto ocorreu no 31º Reponte da Canção, um dos mais importantes festivais do Rio Grande do Sul, que foi realizado com sucesso no último final de semana. Eu não estava lá.


Mas, chama a atenção e nos convida à refletir, a manifestação do poeta e compositor Adão Quevedo quando ele, ao abordar o resultado do festival, expõe um critério de avaliação no mínimo polêmico, adotado por um determinado jurado.

Na condição de “homem de imprensa”, prefiro apenas informar, não emitindo opinião sobre o fato, deixando esta tarefa pra vocês que prestigiam nosso blog.

Acompanhem o que nos relata Adão Quevedo:



Bueno, recebo as planilhas do 31º Reponte, que numa atitude de transparência e respeito aos artistas, divulga as notas de cada jurado. Parabéns à organização. Mando minhas singelas composições para bem poucos festivais, porque moro longe da maioria e hospedar-me 3 dias, computando gasolina, pedágio e alimentação, é preciso quase pagar para participar isso, quando classifico, pois a qualidade das composições inscritas está a cada dia melhor e não é fácil passar nas triagens. Então avaliando o comportamento individual de cada jurado em relação a cada composição, desta edição, notei que alguns mantêm a média das notas com equilíbrio, entre uma e outra apresentação: outros, chegam a uma diferença, que no mínimo deixa alguma reticência... Participo, sempre, respeitando meus parceiros e amigos, alguns viajam de longe e doam-se com sua honestidade e talento e o resultado, em primeiro lugar, é a satisfação do convívio e de subir ao palco com toda dedicação à obra. Música é arte, não é competição, no entanto há que se ter critério e não podemos deixar que brinquem com nossa obra e desrespeitem os artistas que fazem um trabalho sério com dedicação e isenção... quando nos dispomos a participar sabemos que seremos avaliados, e que a opinião de cada avaliador é pessoal e subjetiva, porém quando essa opinião muda, drasticamente de um dia para o outro, sendo que as apresentações foram equilibradas ou, até melhoraram segundo a opinião de todos, que não são leigos, inclusive jurados da edição anterior do festival, ficamos pensativos quanto ao critério e opinião utilizados...
Notem a diferença...

Notas de sábado e de domingo, para nossa composição “No passo das lavadeiras”



Jurado: Ângelo Franco – Músico, compositor, arranjador e cantor.


           Letra    Mel.   Interp   Arran. Palco  Total

SÁB:    9.0       9.0        9.0       9.0       9.0     9.0
DOM:   9.0      9.0       9.1        9.0       9.0     9.1


Jurado: Cristiano Vieira – Músico, compositor, arranjador e cantor.


           Letra    Mel.   Interp.  Arran. Palco  Total

SÁB:     9.6      9.4       9.5        8.9      8.9      9.44
DOM:   9.6      9.4       7.0        6.0       7.0      8.40


Jurado: XIRÚ ANTUNES - POETA


           Letra    Mel.  Interp.  Arran.  Palco  Total

SÁB:     9.7      9.4     8.8         8.8       8.1     9.13

DOM:    9.7      9.4     4.3        4.4       4.6      7.49
Será que estou equivocado? Ou ocorreu algo estranho com minha composição de um dia para o outro?...

Mais uma vez ressalto a coragem da organização em divulgar as notas, exemplo que deveria ser seguido por todos os festivais do Estado, inclusive para conhecermos melhor quem está nos avaliando...

Deixo claro que em momento nenhum desmereço as demais obras classificadas e vencedoras deste 31º Reponte.  Grandes composições que só acrescentaram para o brilho do festival.


Fonte: blog Ronda dos Festivais, de Jairo Reis

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