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Pisaram no pala (Carta de protesto)

Amigos e irmãos leitores do Blog Prosa Galponeira, trago aqui abaixo, um artigo/desabafo que recebi por email, enviei para todos os meus co...


Amigos e irmãos leitores do Blog Prosa Galponeira, trago aqui abaixo, um artigo/desabafo que recebi por email, enviei para todos os meus contatos, e agora divulgo aqui no Prosa Galponeira e mais tarde também no meu blog pessoal (Blog do Dorneles). No email que recebi vinha sem autor, uma amiga (Angélica Quina) realizou uma pesquisa, e encontrou como se o texto fosse do Prof. Dr. Gilson de Mendonça UFPEL/IB/Dep. de Fisiologia e Farmacologia, não tenho certeza. Se alguém poder confirmar ou corrigir, os comentários estão em aberto.

Concordo em todos os gêneros com este artigo, até mesmo por isso reproduzo ele aqui para que os amigos possam ler, e aqueles que possuem blog, reproduzir se desejarem. Vale a pena a reflexão.

Forte abraço e uma boa Páscoa a todos os amigos/leitores.
Att,
Ítalo Dorneles - editor


Caros Irmãos Gaúchos,

Há muito venho pensando no que se faz da nossa cultura... Temos tradição, temos história, temos costumes próprios e os valorizamos. Entretanto, parece que a todo momento tentam nos aculturar...  Qual o espaço que os nosso modo de ser ocupa na mídia hoje em dia?

Será que é certo aturarmos a Regina Casé (e seus sambabacas) no domingo de meio-dia, enquanto o nosso Galpão Crioulo foi literalmente “chutado” para um horário que ninguém praticamente assiste, já que domingo é dia de descanso e a maioria aproveita pra dormir um pouco mais. Tá bem que o Neto Fagundes não tem o mínimo carisma e aínda mais com aquele rabinho de cavalo ridículo.
Todos sabem que existem pessoas aquí no estado com capacidade suficiente para fazer um programa de qualidade. Abram espaço para eles! Por favor, salvem nossa verdadeira cultura!

Não precisa ser um gênio pra perceber que recentemente no programa da Regina Casé levaram um grupinho sofrível de dança gaúcha pra dançar pro Brasil inteiro o quê?  O pezinho,  uma dança folclórica com significado pra nós, mas que pro resto do Brasil não tem sentido algum a não ser “queimar o filme dos gaúchos”. Se querem mostrar nossa dança porquê não convidam os vencedores do último ENARTE? Ou será que o objetivo era ridicularizar o gaúcho, “será”?

Não sou contra o samba, mas sou contra nos fazerem de palhaços. Pra completar a referida apresentadora entabulou um assunto com nossos representantes  que em nada acrescenta às famílias brasileiras, principalmente no horário de almoço de domingo, quando nossas crianças estão assistindo TV – Tem sex-shop no sul? Você já foi em Sex shop? Tinha calcinha de chocolate? – e o que nos resta é aturar algumas  das prendas e peões respondendo, timidamente a esse rol de asneiras.

Cadê nossos festivais? Quando aparecem são no RBS local, não em nível estadual. Como é que nossos jovens conhecerão nossa música, nossa cultura, se nossa principal emissora de TV não dá espaço pros nossos novos músicos e vencedores de festivais atuais?

Excetuando-se as honrosas exceções de Luiz Marenco e César Oliveira e Rogério Melo, que de tão bons conseguem vencer remando contra a maré) , vivemos do passado...  de Tropa de Osso,  Esquilador, Veterano e etc., os novos nomes da música gaúcha ninguém conhece. E porquê? Por que pra isso não tem espaço... Será que tudo isso não se trata de uma estratégia para “aculturar nosso povo”... “será”? Quando as gerações mais antigas se forem e nossas músicas ficarem esquecidas eles terão conseguido finalmente sepultar nossa cultura.

Porquê será que pra promover o  Planeta Atlântida com  seus freqüentadores maconheiros, bêbados e viciados de todo tipo tem espaço? Seria essa uma tentativa de emburrecer e viciar nossos jovens....”será”? Pra isso a RBS tem espaço. Pra gaúchos "heróicos" que  que participaram do Big Brother (o supra- sumo do lixo cultural), tem espaço. Ah... ASSIM NÃO DÁ!!!

Cadê o Luiz Carlos Borges? Cadê o João de Almeida Neto? Cadê o Renato Borghetti , o Elton Saldanha, o Marcelo Caminha, o Miguel Marques? Ninguém sabe. Mas a Alcione, a Claúdia Leite, o “Belo”, o Bruno e Marrone,  o “sertanejo universitário” ... esses  tão todo o dia enchendo o nosso saco.

Esse é o lixo cultural que nós temos recebido como ração, mas que por sermos o estado mais politizado e educado da união, nos recusamos a engolir. 

Mesmo o pessoal dos CTGs, nosso último reduto cultural, hoje em dia só ouve atualmente música gaúcha de baile e que... convenhamos,  é péssima (com honrosas exceções, como os Serranos e outros).

Me enoja aquelas materiazinhas da RBS na Semana  Farroupilha (daí eles lembram e fazem um circo!!!), mandam aqueles apresentadoras bunda mole para fazerem reportagens no Acampamento Farroupilha  como se aquilo fosse algo do exterior... parece um programa do National  Geographic  com os aborígenes de tão estranho. Não conhecem nada, não entendem porra nenhuma e não ficam nem envergonhados de se dizerem gaúchos.

Me perdoem queridos conterrâneos esse desabafo

Que essa mensagem ecoe nos confins do Rio Grande, e desperte o povo gaúcho da letargia antes que seja tarde. Nossos antepassados delimitaram nossas fronterias à ponta de lança e à pata de cavalo... hoje pisam no nosso pala e... tudo bem?  Me recuso a acreditar nisso.

Um Gaúcho cuja paciência acabou faz tempo.

Prof. Dr. Gilson de Mendonça UFPEL/IB/Dep. de Fisiologia e Farmacologia

Imagem extraida do Google Imagens

Um comentário

  1. Prof. Dr. Gilson de Mendonçasábado, 14 maio, 2011

    Prezado Italo
    Vi o manifesto "Pisaram no Pala" postado no blog "Prosa Galponeira" de tua responsabilidade. Gostaria de esclarecer que o referido texto não é de minha autoria, eu apenas o recebi e repassei a alguns amigos, entretanto cometi um equívoco ao retirar os remetentes, para evitar propagação de vírus, e esqueci de retirar a assinatura automática que o programa de emails coloca. Gostaria de te solicitar a gentileza de desfazer este engano em teu blog, oportunamente envio o email original recebido.
    Agradeço tua atenção.
    Att

    --
    Prof. Dr. Gilson de Mendonça
    UFPEL/IB/Dep. de Fisiologia e Farmacologia

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